Muitos americanos ainda sofrem com a inflação, diz Yellen | Mundo

“Os eleitores percebem isso quando fazem compras de alimentos. Percebem isso em termos de aluguéis. Com taxas de hipoteca mais altas, é difícil para os jovens que gostariam de comprar uma casa entrar no mercado”, disse Yellen ao jornal britânico.

“Embora os salários tenham subido significativamente e, pelo menos em média, mais do que os preços, há aumentos substanciais nos preços que são importantes para as pessoas — e são aumentos substanciais em um período de tempo relativamente curto, o que é muito perceptível para as pessoas”, completou.

Os comentários da secretária do Tesouro acontecem em um momento em que as pesquisas eleitorais mostram que Biden continua atrás de seu rival Donald Trump, também indicando que a população não credita ao atual presidente o desempenho forte da economia dos EUA nos últimos meses, com a inflação ainda sendo uma de suas principais preocupações.

A inflação nos EUA atingiu um máximo de várias décadas em 2022, à medida que a economia se recuperava da pandemia de covid-19. Caiu acentuadamente no ano passado, mas permanece acima da meta de 2% do Federal Reserve.

Nesse contexto, Yellen tenta adotar um tom empático sobre as pressões enfrentadas pelos americanos, enquanto aponta para os esforços do governo para reduzir os custos, como a eliminação de “taxas ocultas” que acrescentam cobranças extras aos consumidores dos EUA.

“O custo de vida é um problema para muitas pessoas. Então, acho que essa é uma preocupação que as pessoas têm legitimamente. O presidente Biden entende isso e pretende resolver da melhor maneira possível usando as ferramentas que temos. E ele fez várias coisas importantes para isso”, disse Yellen em Stresa, na Itália, onde acontece uma reunião de ministros das Finanças e governadores de bancos centrais do G7.