:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2024/a/3/WHnhXFQvAyiKkbbeWNMw/foto25pol-101-nucleos64-a14.jpg?w=615&resize=615,410&ssl=1 "Maioria dos brasileiros acha que data do golpe de 64 deve ser desprezada, diz Datafolha | Política")
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (30) mostra que a maioria dos brasileiros acha que a data do início do golpe militar de 1964 deve ser desprezada. Segundo o levantamento, 63% dos entrevistados disseram que o 31 de março deve ser esquecido, enquanto para 28% o episódio deve ser lembrado – 9% não souberam responder.
O golpe de Estado que derrubou o presidente João Goulart (1919-1976) completa seis décadas neste domingo com o país ainda dividido sobre o seu legado. O movimento se iniciou em um quartel de Juiz de Fora (MG) no dia 31, sendo consolidado em 1º de abril quando as tropas militares controlaram todo o país com o apoio de setores da classe política, o Judiciário, empresários, a imprensa e a Igreja Católica. No dia seguinte, Goulart pediu asilo ao Uruguai.
O governo Lula foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado no início do mandato, em 8 de janeiro de 2023, promovido – como atestam investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) – por aliados de Jair Bolsonaro (PL), muitos deles integrantes das Forças Armadas.
Lula decidiu não fazer nenhum ato sobre o evento de 60 anos atrás para não melindrar mais uma relação já difícil com os militares, o que gerou críticas de aliados da esquerda.
A recente pesquisa do Datafolha mostrou uma mudança em relação ao levantamento anterior, de abril de 2019 (primeiro ano de Bolsonaro na Presidência), quando 57% dos entrevistados afirmaram que a data do golpe deveria ser desprezada, contra 36% que viam motivo para recordação. À época, 7% não sabiam opinar.
O instituto entrevistou entre os dias 19 e 20 deste mês 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 147 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
