A Justiça de Goiás decidiu que Grazielly da Silva Barbosa, apontada como responsável por um procedimento estético que resultou na morte da influenciadora Aline Maria Ferreira, de 33 anos, será julgada por júri popular. A decisão é do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida, e foi proferida nesta segunda-feira (1º).
O caso ocorreu em junho de 2024, quando Aline, que vivia no Distrito Federal, viajou até Goiânia para realizar a aplicação de PMMA nos glúteos. O procedimento, que custou R$ 3 mil, foi feito na clínica de Grazielly. Dias depois, a modelo apresentou complicações e acabou falecendo em 2 de julho.
Segundo testemunhas ouvidas durante a investigação, o material utilizado teria origem duvidosa, supostamente importado do Paraguai, e era misturado a óleo antes da aplicação. O local também não possuía estrutura básica de controle: não havia prontuários médicos, fichas de anamnese, exames pré-operatórios ou contratos formais com os clientes. Após a morte da influenciadora, a clínica foi interditada.
O juiz entendeu que há provas suficientes da materialidade e indícios de autoria para que a ré responda por homicídio qualificado, exercício ilegal da medicina e crime contra o consumidor. Grazielly chegou a ser presa, mas atualmente cumpre prisão domiciliar. Apesar da decisão de levá-la a júri popular, ela continuará respondendo ao processo em liberdade até o julgamento, cuja data ainda não foi definida.
Relembre o caso
No dia 23 de junho de 2024, Aline passou pelo procedimento estético em Goiânia e retornou ao Distrito Federal acompanhada do marido. Poucos dias depois, começou a sentir febre e dores abdominais. Familiares relataram que, ao entrar em contato com a clínica, receberam como orientação apenas a indicação de um analgésico.
No dia 27, a influenciadora desmaiou e foi levada a um hospital particular, onde ficou internada até o dia 2 de julho, quando não resistiu às complicações.